FALA LILI

Lili Santos, 18, é uma MC de batalhas, nascida no interior de São Paulo mas que atualmente reside no extremo leste da capital paulista. Ela representa juntamente com outras mulheres a voz feminina dentro do mundo das batalhas nessa nova geração que vem surgindo. Conversamos com ela em uma edição especial do Slam Resistência.
Com qual idade você começou a rimar ?
“Comecei com 13, ia fazer 14. Hoje eu tenho 18, faz 5 anos"
Como foi sua entrada nesse mundo ?
''Foi difícil tá ligado, sofri muito preconceito. Eu não rimava um terço do que rimo hoje. Agora rimo melhor.’’
No início como os mc's lidavam com você ?
“Por ser criança minha voz era mais fina, todo me mundo zoava. Eu fazia artesanato na época e os meninos falavam pra mim “Lili, faz artesanato porque sua rima não dá não”, nesse dia eu fiquei bem triste e cheguei em casa chorando.
Sua família te apoiou ?
“Minha vó sempre me apoiou em tudo, graças a Deus. Nesse dia que eu cheguei em casa chorando minha vó perguntou o que aconteceu e eu falei “os cara falaram que eu não sei fazer isso’’. Ai ela olhou pra mim e falou ‘’Não sabe mesmo. Mas você nasceu sabendo fazer o que? Não sabia andar, nem falar, então vai pela força de vontade”.
Quando foi sua primeira batalha ?
“A primeira batalha foi em Ribeirão Preto, na Sangue na Sete, lá de onde eu vim."
Você participava de bastante batalhas no RJ, mas você não é de lá. Porque isso ?
“Uma galera sempre acha isso. Então, eu fui pra viajar e participar de um evento que teve, a batalha da Rider. Ai eu acabei indo e era um mês de batalha, a seletiva era por semana e teve mais um mês que eu fiquei pra acertar as coisas de premiação e tudo mais.’’
Houveram algumas colaborações suas com o pessoal do RJ, você tinha alguma amizade lá ?
“Sim, gravei uns sons com a 1Kilo. Eu conhecia os meninos da batalha do Tank, o Jhony e o Samurai. Ai eles falaram ‘’cola pra cá e a gente cola praí e todo mundo se fortalece’’. Ai acabei colando, me envolvendo com a Rider, conheci a 1Kilo na batalha e eles me convidaram a ir no estúdio”
Atualmente você está batalhando ?
“Então por enquanto eu tô mais parada. Antes eu ia num ritmo frenético, todo dia da semana tava em uma batalha. Agora não, vou em uma, duas por semana, porque eu tô morando longe também.”
E quais são suas expectativas mais pra frente ?
“Então eu pretendo tentar o nacional, representando São Paulo e ser a primeira mulher a ganhar”